Drops jurídico: Panorama evolutivo da montagem de veículos ao longo das décadas
- Daniele Namorato
- 26 de abr. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de mai. de 2022

Com o passar dos anos, a produção de automóveis em serie tem sido a evolução mais relevante do setor automotivo. No drops jurídico de hoje, analisaremos o aprimoramento das linhas de montagem no decorrer do tempo.
No início do século XX, um empresário chamado Henry Ford possuía o anseio de fabricar um veículo de baixo custo e acessível a todos. No intuito de popularizar a utilização de veículos, ele passou a estudar diversos mecanismos de produção e chegou à conclusão de que todos os veículos deveriam ser fabricados da mesma forma.
Henry adotou métodos advindos de diversos setores inclusive de um matadouro que o inspirou a criar um agrupamento de esteiras que permitiam o movimento dos automóveis de forma que cada funcionário se responsabilizasse por um segmento especifico da produção. A inauguração da fábrica ocorreu em 1913 de modo que o modelo Ford T era montado em oitenta e quatro etapas nessa época.
Após o advento da montagem em série, a fabricação diária passou a ser multiplicada por cinco e o valor de cada veículo foi reduzido em cerca de 30%. Com isso, a produção dos automóveis deixou de ser manual e atualmente é considerada a maior inovação do automobilismo.
Anos 10 e 20
Henry desenvolveu o processo logístico, as dimensões da produção e os ajustes da produção. Ele era o engenheiro responsável pela linha de montagem e idealização do Ford T.
Anos 30
Nessa época, a montagem era guiada principalmente por diagramas estatísticos. Os segmentos da fábrica eram desordenados, pois faltava ordem para as peças dispostas nas estações. Além disso, o estoque de materiais era alto no interior da fábrica.
Anos 60
Iniciou-se a substituição dos operários por robôs nas atividades mais árduas, demoradas e que exigiam uma maior exatidão como, por exemplo, a soldagem. Dessa forma, a automatização da produção proporcionou um grande crescimento da produção. No entanto, as condições de trabalho eram desfavoráveis para os operários.
Anos 70
A Ford deixou de ser a maior montadora do mundo, pois ocorreu a ascensão da GM através do aperfeiçoamento de gestão cumulado a estratégias de marketing e lançamento de novos modelos. Ademais, a crise do petróleo fez com que fossem necessárias mudanças drásticas nos automóveis. Com isso, a montagem em série sofreu uma queda.
Anos 80
O sistema criado por Henry passou a ser desenvolvido de acordo com os conceitos do Toyotismo que preza pela montagem com foco na qualidade e na diversificação de modelos. Assim, as montadoras passaram a dar atenção a todos os segmentos da produção.
Anos 90
Houve o alastramento da filosofia Kaizen que possui o objetivo da melhora constante dos processos. A Toyota passou a focar no controle do desperdício e elevou o cuidado com os fluxos de peças e matéria prima. Além disso, o trabalho dos funcionários passou a ser mais valorizado.
Anos 2000
Foi necessário que as montadoras aderissem a novas tecnologias tendo em vista o aumento no custo da produção, a alta concorrência, o crescimento exponencial da eletrônica e as rígidas determinações ambientais.
Hoje
Atualmente, a maior dificuldade do setor automotivo reside na implementação da sustentabilidade que promova a diminuição dos impactos no meio ambiente além de aderir a responsabilização social nos locais em que estão inseridas.
Leia mais no site da Quatro Rodas: https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/a-evolucao-das-linhas-de-montagem-de-automoveis/
Um texto de Daniele Namorato
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